É em torno da Universidade que se situam o Jardim Botânico, a Sé Nova, do século XVI, e o famoso Museu Nacional de Machado de Castro. No bar àCapella, instalado na Capela de Nossa Sr.ª da Vitória, do século XIV, ouve-se um fado renovado, mas que não perdeu as raízes.
Descendo a longa escadaria do Quebra‑Costas desembocamos na Baixa do comércio, do artesanato e dos bairros populares. Aqui, as ruas animadas pelas capas negras, que se continuam a ver aqui e ali, estão repletas de restaurantes típicos e bares, lojas de todo o género e muitos cafés. A Sé Velha, a Câmara Municipal e as muito antigas igrejas de Santiago e de Santa Cruz, são algumas das principais atrações desta zona.
Para descansar um pouco e desfrutar do que viu até aqui, nada melhor do que ir até ao Parque Verde do Mondego/Dr. Manuel Braga, onde de vez em quando decorrem eventos como a feira cultural, que serve de montra de artesanato, livros, artes plásticas e performativas, com muita animação e espetáculos (cm-coimbra.pt), de maio até ao início de junho.
Coimbra é também uma cidade com uma poesia e uma sonoridade únicas. O fado de Coimbra, ou a canção de Coimbra como também é conhecido, é a sua forma especial de cantar, um canto de rua, mais lírico do que o de Lisboa. Há muitas casas para ouvir esta canção, como O Fado ao Centro, situada na famosa Rua do Quebra‑Costas (descubra porque é chamada assim), uma ladeira íngreme que liga o Arco de Almedina, na Baixa, à zona Alta da cidade, onde estão as faculdades mais antigas, e atravessa de permeio o largo da imponente Sé Velha.
Quem visita Coimbra não lhe fica indiferente. Como diz o fado, “Coimbra é uma lição de sonho e tradição, o lente é uma canção, a Lua a faculdade” e “tem mais encanto” na hora da despedida” porque se “aprende a dizer saudade”.
Alguns dos locais que vamos conhecer neste tour:
Portugal dos Pequeninhos – Retrato vivo da portugalidade e da presença portuguesa no mundo, o Portugal dos Pequenitos é ainda hoje um referencial histórico e pedagógico de muitas gerações.
Miradouro do vale do inferno – Situado à beira da estrada, este miradouro proporciona uma magnífica vista panorâmica sobre a cidade de Coimbra e o rio Mondego.
Convento de Santa Clara – Estreitamente ligado à figura da Rainha Santa Isabel, o Mosteiro de Santa Clara a Velha teve, desde os seus primórdios, uma difícil convivência com as águas do Mondego. A deterioração das suas condições de habitabilidade devido a sucessivas inundações conduziu à construção, por iniciativa de D. João IV, de um novo mosteiro apelidado de Santa Clara a Nova.
Mosteiro de Santa Clara-a-Velha – As fascinantes ruínas deste mosteiro são um dos primeiros exemplares da arquitetura gótica do país. Este monumento também marca o local onde Inês de Castro, a eterna e trágica amante de D. Pedro, seria assassinada por tentar prosseguir com o seu amor pelo futuro rei de Portugal.
Igreja de Santa Cruz – Outrora um importante local onde se reunia a elite intelectual do país, este antigo mosteiro obteve o estatuto de Panteão Nacional em 2003 e abriga os túmulos dos primeiros reis de Portugal – D. Afonso Henriques e D. Sancho I.
Universidade de Coimbra – Originalmente fundada em Lisboa no reinado de D. Dinis, esta universidade foi transferida para Coimbra em 1537, onde ainda se mantém. Para além da grandiosa arquitetura de todo o complexo.
Sé Velha – Constitui um dos edifícios em estilo românico mais importantes do país.